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A qualidade das frutas geralmente é determinada por atributos externos como cor e aparência, mas além destes, os atributos internos são bastante importantes para que o consumidor volte a comprar aquele produto, como: sabor, textura e defeitos internos. Com isso, a fim de garantir o fornecimento de um padrão de qualidade, é importante realizar análises de controle.

Alguns métodos convencionais e bastante conhecidos analisam as frutas e podem dar respostas sobre parâmetros importantes, como firmeza de polpa, teor de açúcar e acidez. Esse tipo de análise, além de requerer a destruição das frutas, causando um desperdício e uma geração de resíduos desnecessária, ainda é restrito a um número limitado de amostras, não podendo fornecer todas as informações necessárias para identificar com precisão o estádio de maturação das frutas. 

Na busca de métodos mais rápidos, eficientes, que exijam menores custos e menor mão-de-obra a longo prazo, impulsionou-se o desenvolvimento de pesquisas sobre a utilização de métodos não-destrutivos de análise da qualidade de frutas. O intuito compreende em facilitar para o produtor e juntamente atender ao interesse do consumidor, que, neste caso, ao comprar uma determinada fruta pode ter certeza da qualidade do produto que está levando para casa, já que, o padrão de cada fruta torna-se mais garantido. 

Atualmente, já existem equipamentos que podem fazer este trabalho e podem facilitar muito esta avaliação, que são métodos de análises não destrutivos. As instrumentações operam segundo diferentes princípios. Os principais métodos usados comercialmente e que ainda estão em via de experimentação operam segundo propriedades eletromagnéticas (espectroscopia no infravermelho próximo e visível, ressonância magnética), ou eletroquímicas (nariz eletrônico) ou eletromecânica (impacto). Posicionados ao lado da fruta, eles fazem a leitura dos teores de açúcar, acidez, sanidade, resistência da polpa, matéria seca, qualidade e não causam nenhum dano à fruta. Existem inclusive equipamentos portáteis, que podem ser levados a campo, facilitando a utilização.

A principal desvantagem da utilização destas técnicas é a necessidade de uma calibração prévia, bem como a validação, que devem ser feitas com uma amostra representativa, utilizando um número razoável de frutos, além da necessidade desta calibração ser repetida periodicamente para que os resultados se tornem mais confiáveis quando o equipamento for utilizado. 

Dentre as principais vantagens das técnicas não destrutivas de análise estão: a possibilidade de realizar medições em um número ilimitado ou até mesmo todas as frutas desejadas; não necessitam preparação prévia das amostras, nem utilização de qualquer tipo de reagente ou solvente; permitem que se repita a análise sobre a mesma fruta inúmeras vezes; não geram nenhum tipo de resíduo; além de permitir que vários parâmetros de qualidade sejam avaliados simultaneamente. 

Em outros lugares, como em países da Europa e Ásia, estas novas tecnologias já são amplamente utilizadas por produtores e cooperativas. No Brasil, ainda estão em fase de estudo e experimentação. 
Sendo assim, estas novas tecnologias podem ser consideradas métodos promissores no que diz respeito a padrão de qualidade, tanto no auxílio ao produtor, como para a satisfação do consumidor. Além disso, atendem a um apelo ambiental muito importante, por não gerarem resíduos e também por agregarem qualidade e valor ao produto final que chega ao mercado. 

Revista A Lavoura
http://repositorio.ufpel.edu.br/bitstream/123456789/2103/1/Tese_Debora_Leitzke_Betemps.pdf
Dissertação mestrado
http://diadecampo.com.br/