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08/04/2015
Supermercados gaúchos faturam R$ 24,1 bilhões
Os supermercados gaúchos devem fechar o ano com um crescimento real de 1,5% neste ano. Se confirmado, será um desempenho inferior ao obtido no ano passado, quando o setor encerrou com um faturamento de R$ 24,1 bilhões e vendas ampliadas em 3,44% sobre o ano anterior. A projeção é do presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, que ontem revelou os detalhes do Ranking Agas 2014.Pelo levantamento, 31% das empresas pretendem fazer algum tipo de investimento em construção ou reforma de lojas no decorrer deste ano. "O número é maior do que no ano passado, quando um em cada quatro supermercadistas pretendia investir em melhorias ou inaugurações", compara o dirigente. Segundo Longo, este cenário mostra que, mesmo em tempos de instabilidade econômica, os varejistas querem garantir a otimização dos seus pontos de venda. De acordo com a pesquisa, juntos, os supermercados injetarão, até dezembro, pelo menos R$ 75,9 milhões em novas lojas e R$ 57,6 milhões em reformas.
Conforme o ranking, a participação do segmento no PIB estadual deverá chegar a 7,7%. O estudo aponta que a representatividade dos supermercados gaúchos no cenário nacional também aumentou, de 8% em 2013 para 8,17% em 2014. Também a mão de obra empregada no setor cresceu (cerca de 2%), totalizando 93,6 mil colaboradores no Estado. Longo avalia que, considerando que os consumidores "não admitem mais ineficiências", as empresas devem continuar se reinventando, sempre focadas na redução de custos, e identificando o que a clientela está buscando.
Neste sentido, pelo quinto ano consecutivo, as empresas de porte médio (com faturamento de R$ 20 milhões a R$ 100 milhões por ano) foram as que mais cresceram em 2014. No entanto, os 10 maiores supermercadistas somaram um faturamento de R$ 13,1 bilhão, representando 54,3% do total. "Houve queda de quase 1% na concentração de mercado, já que, em 2013, a participação das 10 maiores era de 55,2%", observa Longo.
Em 2014, foi verificada a queda na procura por itens marca própria, ficando em torno de 16%, fato que já havia ocorrido em 2013. "Nenhuma empresa estampará seu nome em um produto de baixa qualidade e, por isso, a marca própria só é produzida quando seu custo-benefício é interessante ao supermercadista e ao consumidor", explica Longo.
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