Apenas 36% das crianças brasileiras que usam a internet têm acesso a essa tecnologia no ambiente escolar. A proporção é inferior a verificada na maioria dos países europeus envolvidos no estudo Children and Internet use: A comparative analysis of Brazil and seven European countries. Reino Unido (88%), Dinamarca (80%), Romênia (53%), Portugal (49%), Irlanda (47%) e Bélgica (39%) apresentaram índices superiores aos do Brasil. A exceção foi a Itália (26%). "Em vez de restringir o acesso à internet, as escolas brasileiras deveriam valorizá-lo e investir nessa tecnologia, permitindo que as crianças explorem plenamente o potencial da web e sejam capacitadas para o seu uso seguro", sugere o gerente do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação ?(Cetic.br), Alexandre Barbosa. Os dados foram cruzados com o da pesquisa TIC Kids On-line Brasil 2013, realizada no Brasil pelo Cetic.br. Fora do ambiente escolar, os brasileiros estão à frente de outros países quanto ao acesso a dispositivos móveis e à presença de crianças entre 9 a 10 anos nas redes sociais. Coibir é mais fácil, mas, de fato, não é o caminho mais inteligente. A tecnologia se dissemina muito rapidamente e a maioria das escolas ainda teme permitir e perder o controle. Fazem isso ao invés de preparem os professores e de conhecerem as novas ferramentas. É o futuro, não dá para se esconder.