Já diz o ditado popular: é melhor prevenir do que remediar. No caso das empresas brasileiras, porém, a máxima não parece ser verdadeira. Segundo a Kaspersky Lab, hoje, as companhias nacionais dedicam entre 2% e 3% de seus orçamentos de TI para segurança digital, enquanto a média mundial beira os 6%. "Muitas vezes, o prejuízo causado por uma fraude digital é difícil de mensurar, o que, somado a outros fatores culturais, faz com que as empresas brasileiras se protejam menos", analisa o diretor geral da Kaspersy Lab para o Brasil, Claudio Martinelli. O impacto disso, porém, pode ser pesado. Estudo global da empresa aponta que o custo médio para a recuperação de ciberataques a estruturas virtuais excede os US$ 800 mil, pelo menos o dobro em relação a ataques apenas a estruturas físicas. São prejuízos que envolvem desde a reconfiguração do sistema até, por exemplo, a contratação de advogados e indenizações a clientes, além de fatores imensuráveis como a perda de reputação da empresa ou efeitos de espionagem industrial. "Graças a divulgação de casos de maior impacto, porém, essa consciência de segurança está mudando no Brasil, mesmo que de forma lenta", complementa Martinelli.