A geração de eletricidade, no Brasil, é uma das mais limpas do planeta. Do total da capacidade instalada, de 135 mil megawatts, apenas 26 mil correspondem à energia produzida por usinas de termeletricidade. Isto corresponde, portanto, a menos de 20% do total. A informação é do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, durante o 3º Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, concluído ontem pela Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu.
A hidreletricidade, energia limpa e renovável, corresponde a 66% da matriz elétrica brasileira. E outras fontes limpas, como a eólica, estão em franco crescimento. Só para comparar, em 2008, a geração eólica era de apenas 247 MW. Em 2015, saltou para 5.833 MW, um crescimento de 2.261%. Outra fonte renovável que cresceu muito, nos últimos sete anos, foi a geração a partir da biomassa.
No total, passou de 4.193 MW em 2008 para 12.415 MW em 2015, um aumento de 196%. Já a geração solar, que ainda tem um custo muito alto de implantação, começa a aparecer no sistema elétrico brasileiro. Não havia geração nenhuma em 2008, agora já aparece com 15 MW, claro que um percentual ainda insignificante, mas sinaliza uma possibilidade para o futuro.
O Ministério de Minas e Energia prevê que, de 2015 a 2018, o Brasil irá contratar mais 31.500 MW de potência, dos quais quase 85% correspondem à geração de energias renováveis.