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30/10/2015

CIC e a Agropecuária - Por que devemos adotar um sistema de condução nas plantas?

Por: Ana Paula Fernandes de Lima, Engenheira Agrônoma, Mestra em Produção Vegetal e Doutoranda em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas.
Um sistema de condução bem manejado oferece boa aeração à copa, diminuindo assim a formação de microclimas adequados para doenças, menor risco de sombreamento de estruturas vegetativas e frutíferas, além da melhor penetração e contato dos defensivos agrícolas no dossel.

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Todos os organismos vivos fotossintetizantes (plantas, cianobactérias, alguns protistas e bactérias) necessitam de luz solar para sobrevivência. É nas células desses organismos que se encontram os cloroplastos, organelas responsáveis por absorver a energia solar pelos seus pigmentos e converter o CO2 e água em carboidratos e oxigênio.

Os carboidratos e moléculas orgânicas são fontes de energia. Na maioria das vezes a hexose formada a partir da reação da fotossíntese é a glicose. Na família das Rosáceas, que inclui as subfamílias Maloideae, Prunoideae e Rosoideae a tendência é a formação do sorbitol e sacarose. Os carboidratos produzidos serão utilizados durante o ciclo vegetativo para o crescimento do dossel, fixação e crescimento dos frutos. Ao final do ciclo vegetativo das plantas, principalmente nas caducifólias ocorrerá o acúmulo desses carboidratos em estruturas de reservas encontradas nos ramos, troncos e raízes. Ao iniciar novo ciclo de crescimento, os carboidratos armazenados serão utilizados para as primeiras atividades fisiológicas.

O conhecimento prévio sobre a produção dos carboidratos e a necessidades dele pelas plantas, nos leva a verificar a disposição do dossel para a receptação de luz solar, constituindo assim os chamados sistemas de condução das plantas. Estes sistemas são usados com frequência em macieiras, pereiras, pessegueiros, ameixeiras, pequenos frutos e videiras nas regiões frutícolas, como no polo da Serra Gaúcha.

Para a escolha de um sistema de condução leva-se em consideração a capacidade de interceptação luminosa em todo o dossel, o hábito de crescimento dos ramos e a inserção das estruturas de frutificação, a produtividade, a precocidade das plantas, a qualidade dos frutos, a estabilidade de produção, os requisitos para a produção integrada, a mecanização e racionalização do trabalho manual. O sucesso de um sistema de condução independente da cultura é mensurado pela conversão da energia solar em frutificação.

As formas mais comuns de condução para macieiras são: Líder Central, Tall Spidle e Solaxe; em pessegueiros: Vaso, Vaso retardado e Ípsilon; em pereiras: arqueamento dos ramos a 45º e Duplo Eixo; videira: Latada, Manjedoura, GDC, Espaldeira e Lira, em ameixeiras: Vaso, Ípsilon e Líder Central. De acordo com estudos publicados, estes são alguns dos sistemas de condução que potencializam a produção das culturas citadas, de modo que a luz penetre na copa da planta favorecendo a fotossíntese, proporcione coloração às frutos, enriquecendo suas qualidades físico-químicas.

Um sistema de condução bem manejado oferece boa aeração à copa, diminuindo assim a formação de microclimas adequados para doenças, menor risco de sombreamento de estruturas vegetativas e frutíferas, além da melhor penetração e contato dos defensivos agrícolas no dossel.


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