O crescimento do desemprego decorrente da crise pode não ser a perda de trabalho, mas só de emprego. Baseado em dados da Pnad Continua, o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azevedo, confirma esta constatação: "O que vem perdendo força no País é o emprego com carteira, substituído pela procura por trabalho. As pessoas estão dando seu jeito, fazendo novos acordos". E ele cita os dados: a indústria elevou em 216 mil o número de trabalhadores por conta própria e empregadores do setor nos 12 meses encerrados em junho.
O comércio ganhou 209 mil por conta própria; os serviços de educação e saúde, 82 mil; e outros serviços (basicamente alimentação) engordaram em 96 mil o trabalho por conta própria.