As plantas transpiram, sim! O mecanismo de transpiração das plantas corresponde à sua própria perda de água. A produtividade das culturas agrícolas está diretamente ligada ao volume de água absorvido e metabolizado em massa seca.
Nas plantas existem estruturas especializadas que promovem a transpiração. Sendo elas, as lenticelas que normalmente estão localizadas em caules e ramos (em macieiras também é visível nos frutos, pequenas pontuações de cor creme) e através da cutícula e estômatos das folhas.
A água é eliminada da planta para a atmosfera por diferença de concentração de vapor entre o mesófilo foliar e a camada externa da folha, que na maioria das vezes tem conteúdo de água menor.
A temperatura, a umidade relativa do ar e o vento podem determinar a intensidade da transpiração. Com a temperatura elevada, ocorre uma diminuição da retenção de água pela folha. Já quando a umidade relativa do ar está alta, a planta tende a conservar o conteúdo de água dentro das folhas. Se o vento for intenso, aumenta a transpiração. Sendo assim, esses fatores correlacionados podem modificar a diferença de concentração do vapor de água entre a folha e o meio, favorecendo a perda de água para atmosfera.
A transpiração é capaz de favorecer a absorção rápida de água e nutrientes pela planta, além de ter promovido a evolução das folhas com relação à capacidade fotossintética, devido a abertura dos estômatos durante o dia e fechamento durante a noite, diminuindo a perda de água no momento que não ocorre fotossíntese.