Em sua passagem por Garibaldi, na quarta-feira, 18 de janeiro, Beto Albuquerque reafirmou que a duplicação da RSC 470, entre Carlos Barbosa e Bento Gonçalves, além da RSC 453, entre Garibaldi e Farroupilha, pode iniciar ainda neste ano. O trecho da RSC 470 já havia sido licitado em 2009, porém, embora houvesse a promessa da governadora Yeda Crusius, as obras sequer iniciaram.
O secretário Estadual de Infraestrutura e Logística garantiu que o Governo do Estado vai ter recursos para a execução destas obras. “O investimento será financiado com recursos próprios do Daer, do Tesouro do Estado e de uma negociação de dívida histórica que nós temos com o Governo Federal que deve acontecer entre janeiro e fevereiro”.
Ele não poupou críticas ao governo anterior e à própria infraestrutura do Estado, a qual classificou de atrasada. “Não podemos mais cometer os erros do passado. Aqui houve uma licitação sobre um projeto básico. É por isso que muitas obras começam e não acabam, pois não prevêem desapropriações e outras afetações que irão surgir. Neste ano iremos concluir esses processos e podem iniciar as obras. A nossa meta é essa”.
Segundo o secretário, a rodovia que liga as cidades de Carlos Barbosa, Garibaldi e Bento Gonçalves é uma das prioridades de duplicação do Governo do Estado. “Temos um programa de duplicações que prevê investimentos em 200 quilômetros de rodovias estaduais. O Rio Grande do Sul possui mais de 7,5 mil quilômetros de estradas, das quais somente 140 são duplicadas”.
Federalização
Ele defende a federalização da RSC 470, de acordo com anseio da Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (CICS Serra) e a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne). Albuquerque acredita que até o final deste semestre poderá haver um desfecho positivo no entendimento entres os governos.
“A Serra das Antas precisa ser duplicada. Quem vai fazer isso? O Estado não tem dinheiro para fazer isso. A negociação com o Governo Federal está indo bem, mas não porque nós queremos nos livrar de restaurar, mas porque temos que ter um parceiro que tenha condições de construir um binário que permita desafogar o trânsito nesse trecho”, enfatiza.
A rodovia foi planejada como estrada federal, ligando Navegantes (SC) a Camaquã (RS). No entanto, de André da Rocha até a intersecção com a BR 290, próximo a Butiá e Arroio dos Ratos, a estrada é administrada pelo governo estadual. A RSC-470 é uma importante rodovia de escoamento da produção gaúcha, beneficia cerca de trinta municípios e liga o Porto de Itajaí, em Santa Catarina, ao Pólo Petroquímico e ao Porto de Rio Grande.
Recuperação
Salientou também que vai ser colocado em prática um grande projeto de recuperação das rodovias, com recursos do Banco Mundial (R$ 500 milhões), com a transferência da manutenção para a iniciativa privada durante cinco anos, sem ônus para o usuário. “Herdamos uma malha rodoviária muito ruim. E onde estava boa, ela foi mal feita, tanto que bastaram algumas chuvas para destruir grande parte da malha viária desta região. Quem anda por aqui sabe do que estou falando”, destacou.