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NOTÍCIAS

29/01/2015

Indústrias têm dificuldade de acesso ao crédito

Pesquisa da FIERGS, realizada com 176 empresas gaúchas, revela que 69,8% das entrevistadas utilizam capital próprio.

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Entre os diversos fatores que compõem o quadro de entraves estruturais que corrói a competitividade da economia está a dificuldade de acesso ao crédito. A situação enfrentada pelo setor produtivo do Estado foi mapeada pela “Sondagem Especial Financiamento”, realizada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). “Recursos insuficientes e custos elevados inviabilizam projetos de investimentos, que são indispensáveis ao crescimento econômico e à geração de emprego e renda”, alertou o presidente da entidade, Heitor José Müller. A pesquisa, realizada com 176 indústrias de transformação, identificou a forma como as empresas financiaram suas operações, a percepção dos empresários a respeito do comportamento dos juros e dos prazos, os obstáculos existentes na busca por crédito e o grau de endividamento.

Em 2014, as principais fontes de recursos foram o capital próprio (69,8%) e a captação no sistema bancário (64,0%). O financiamento mediante crédito de fornecedores/clientes, com 40,7% das respostas, também se mostrou uma possibilidade importante. “As elevadas taxas de juros e a falta de linhas adequadas deixa como alternativa o financiamento via recursos próprios. Essa decisão pode, muitas vezes, comprometer o fluxo de caixa das empresas, além de limitar o montante investido”, argumenta Müller.

A sondagem revelou que uma parte considerável das indústrias (29,9%) não conseguiu captar no mercado o valor suficiente para suas necessidades de investimentos. Ao mesmo tempo, uma grande parcela (18,6%) está no limite do endividamento ou acima dele. Além disso, indicou que o setor industrial gaúcho tem sentido os efeitos da política monetária contracionista, uma vez que mais da metade dos entrevistados afirmou ter percebido elevação dos juros de curto e longo prazo.

A mesma pesquisa mapeou especificamente o segmento de construção do Estado e abrangeu 41 empresas. Assim como no caso das atividades de transformação, as principais fontes de financiamentos foram seus próprios recursos e os empréstimos bancários. Observou-se que 66,7% dos empresários apontaram aumento nos juros de curto de prazo. Em se tratando de longo prazo, esse percentual cai ligeiramente (63,3%).

A Sondagem da Construção revelou ainda que uma parte considerável das empresas (40,9%) não obteve o valor suficiente para suas necessidades e destacou que uma grande parcela (24,1%) está no limite do endividamento ou acima dele. Ficou evidenciado que houve diversas dificuldades no acesso ao crédito em 2014, sendo as exigências de garantia reais e a falta de linhas adequadas à necessidade dos empreendimentos as mais acentuadas.

Entre os resultados, 70,7% dos entrevistados disseram que usam meios próprios, e obtenção de recursos no sistema bancário obteve 61,0% das respostas. O financiamento mediante crédito de fornecedores/clientes (43,9%) se demonstrou uma alternativa importante. Apenas 4,9% declararam usar financiamento via mercado de capitais e fundos de investimentos, e nenhuma empresa usou prospecção externa como fonte de recurso.

Faturamento de máquinas e equipamentos diminui 13,7%

A indústria de máquinas e equipamentos fechou 2014 com faturamento bruto real de R$ 71,19 bilhões, queda de 13,7% ante 2013. Em dezembro, o faturamento bruto real foi de R$ 5,546 bilhões, um recuo de 14,6% na comparação com novembro. Já em relação a dezembro de 2013, a queda foi de 7,8%. Os dados foram divulgados ontem pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

De acordo com a entidade, essa é a terceira queda consecutiva de faturamento no setor. No período de 2012-2014, o setor acumulou queda superior a 20%. A entidade previa, para o fechamento de 2014, quedas em torno de 10% tanto no faturamento quanto no consumo aparente em 2014 ante 2013, em termos nominais.

O presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, disse que o setor deve ter mais um ano com recuo no faturamento. “Somos obrigados a ser pessimistas, vai haver uma nova queda de faturamento em 2015 e será a 4ª seguida”, afirmou. O executivo criticou as medidas de ajuste econômicos feitas pela nova equipe da presidente Dilma Rousseff e afirmou que o governo está optando pelo lado “mais fácil” que é o de aumentar impostos. “Onde estão as reformas que já discutimos há muito tempo, que enxugam os custos sem afetar a competitividade?”.
Segundo ele, além do “pacote de maldades” que o governo está adotando, é preciso paralelamente adotar um “pacote de bondades” que devolva a competitividade ao País. Pastoriza destacou, entretanto, que é preciso que as medidas sejam estruturantes. “De pacote a base de medidas pontuais e paliativas nós já estamos cansados”, afirmou.

Pastoriza afirmou que já teve uma reunião com o ministro de Planejamento, Nelson Barbosa, e que a entidade já solicitou uma audiência com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Temos uma boa relação com o Barbosa, mas claramente ele não nos deu esperanças de conseguirmos coisas no curto prazo”, afirmou. “A gente percebe o clima em Brasília: o pessoal não está muito sintonizado.” Hoje, representantes da Abimaq terão uma audiência com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, para tratar da redução do percentual de bens financiados pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
Intenção de investimento da construção cai a 40,8 pontos

Na mesma linha que já havia sido verificada com a indústria de transformação, os empresários do setor da construção começam 2015 com menos vontade de investir e mais pessimistas com as condições que encontrarão no primeiro semestre do ano.

O índice que mede a intenção de investimento na indústria da construção ficou em 40,8 pontos (15,1 pontos abaixo de janeiro de 2014 e 0,7 ponto abaixo do índice de dezembro), segundo a Sondagem Indústria da Construção, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Quanto menor o índice, que varia de zero a 100 pontos, menor a disposição de investimento nos próximos seis meses. “A menor propensão a investir é resultado do cenário adverso vivenciado pelo segmento, que tem enfrentado desaquecimento da atividade, situação financeira negativa e baixa expectativa de recuperação”, apontou a entidade.

Em relação às expectativas para os próximos seis meses, os empresários estão pessimistas. Além de mostrar insatisfação com o lucro operacional e com a situação financeira, eles acreditam que o acesso ao crédito se tornou mais difícil.
Confiança da indústria avançou 1,9% em janeiro, destaca a FGV

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 1,9% em janeiro ante dezembro, passando de 84,3 para 85,9 pontos, informou, ontem, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na passagem de novembro para dezembro, o ICI havia registrado uma redução de 1,5%. Já na comparação de janeiro de 2015 com igual mês de 2014, foi registrada uma diminuição de 14,1%.

A elevação do ICI na margem se deve à melhora das avaliações dos empresários tanto em relação ao presente quanto em relação ao futuro. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 2,1%, para 85,8 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) teve elevação de 1,8% para, 86,1 pontos.

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