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24/02/2015

Caminhoneiros geram prejuízos à indústria

Movimento, que paralisou rodovias em várias regiões gaúchas e do Brasil, reivindica melhores condições à categoria

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 O protesto dos caminhoneiros contra a alta dos preços dos combustíveis, dos pedágios e do tributos sobre o transporte atingiu, ontem, pelo menos sete estados, entre eles o Rio Grande do Sul, onde trechos de rodovias foram bloqueados em vários municípios. As paralisações causadas pelo movimento espontâneo, iniciado na última quarta-feira em Santa Catarina e no Paraná e que já havia chegado ao Estado no domingo, já começam a atingir setores industriais gaúchos, como a avicultura e os laticínios, que acusam prejuízo por falta de matéria-prima.

No Estado, os bloqueios parciais de pista, que já aconteceram no domingo em Ijuí (BR-285), Seberi (BR-386) e Boa Vista do Buricá (BR-472), tiveram continuação ontem. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o movimento se espraiou nesta segunda-feira ainda para outros pontos da BR-285, em Passo Fundo e Mato Castelhano; da BR-386, em Sarandi; da BR-392, em Pelotas e São Sepé; da BR-468 e da ERS-569, ambos em Palmeiras das Missões; e da BR-116, em Capão do Leão.

Já nas estradas estaduais, segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar, ocorreram bloqueios e protestos também na ERS-344, em Giruá e Tuparendi; na ERS-324, em Marau e Nonoai; na ERS-155, em Santo Augusto; na ERS-463, em Tapejara; na RSC-287, em Venâncio Aires; na ERS-129, em Muçum; na ERS-406, em Planalto; na ERS-135, em Getúlio Vargas; e na ERS-332, em Arvorezinha e Espumoso. Em praticamente todos os pontos, os caminhoneiros bloquearam parcialmente o tráfego de veículos de cargas, alegando permitir a passagem apenas de carros de passeio, ônibus, ambulâncias e caminhões com cargas vivas como leite e animais.

Apesar disso, empresas e entidades gaúchas alegam que o movimento já estaria causando problema à atividade industrial no Estado. Segundo a Associação Gaúcha de Avicultora (Asgav), os frigoríficos registraram sérios prejuízos ontem no envio de containers ao porto de Rio Grande.
Além disso, enfrentariam problemas também com o transporte de ração e de amostras de aves para laboratórios, que seriam fundamentais ao setor.

"O movimento que diz não afetar transportes de cargas vivas e perecíveis, na realidade inviabiliza o fluxo das atividades pois, na busca de rações ou buscade animais vivos, os veículos estão vazios e, automaticamente, ficam nos bloqueios", afirma a nota, que solicita intermediação do governo Estadual junto à União para que se busque uma saída. O comunicado encerra afirmando que, em breve, frigoríficos terão de parar as atividades por falta de matéria-prima.

A mesma situação, segundo a BRF, já acontece em duas fábricas da companhia no Paraná, nos municípios de Francisco Beltrão e Dois Vizinhos. Outras companhias também têm problemas similares. A JBS, dona da Seara, enfrenta dificuldades no transporte de ração para alimentar frangos, conforme o presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra.

A assessoria da empresa afirma que, até o momento, suas unidades continuam em funcionamento, mas que a produção poderá ser impactada se a situação persistir. Em comunicado, o Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne) e a Associação Catarinense de Avicultura (Acav) afirmam que a Aurora reduziu à metade o processamento de frangos na unidade em Abelardo Luz, e que a operação pode parar, caso o fluxo de entrega não seja normalizado.

O Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), também se posicionou afirmando que há relatos de caminhões carregados com leite que não estão sendo liberados para passarem pelos bloqueios em diversas regiões, causando a perda total da carga transportada, que é perecível.

A entidade ainda ameaça ingressar com uma ação judicial, buscando garantir a livre circulação dos caminhões de transporte de leite, sob o argumento de que estão sendo atingidos o direito constitucional de ir e vir e a liberdade econômica.

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