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25/02/2015

Bloqueio de caminhoneiros já está ameaçando abastecimento no País

Com paralisação nos eixos rodoviários, estoques de diversos produtos serão reduzidos

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Foram 46 municípios e 53 trechos de rodovias federais e estaduais paralisados ontem no Estado pelo protesto dos caminhoneiros, que reivindicam melhores condições à categoria. Em oito estados no País, as principais queixas dos transportadores ainda são a alta nos preços do diesel, dos pedágios e dos tributos sobre o transporte. O movimento não tem liderança unificada, nem uma pauta conjunta, mas ganha força e preocupa diferentes entidades, que temem a falta de insumos na indústria e nas prateleiras. Ontem, o movimento ganhou amplitude no Rio Grande do Sul. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os principais eixos rodoviários do Estado e do Mercosul foram bloqueados. Entre eles, a BR-116 - nos municípios de Camaquã, Capão do Leão e São Lourenço -, a BR-285 - em Lagoa Vermelha, Passo Fundo, Mato Castelhano, Ijuí e Carazinho -, e a BR-386 - nas cidades de Soledade, Sarandi e Frederico Westphalen. Ainda ontem, a Justiça determinou a liberação de trechos de três rodovias no Sul do Estado: as BRs 293, 116 e 392. A decisão da 3ª Vara Federal de Pelotas foi a primeira a atender pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), que ajuizou ações em sete estados, para solicitar a liberação das rodovias federais. Na decisão da Justiça de Pelotas, que tem caráter provisório, foi fixada uma multa de R$ 5 mil por hora de permanência não autorizada dos manifestantes nas pistas. A decisão também obriga a aplicação de sanção prevista no Código de Trânsito Brasileiro, que estabelece como infração gravíssima a promoção de eventos organizados sem permissão da autoridade de trânsito. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o procedimento da maioria dos manifestantes tem sido o mesmo: parar nos postos de gasolina e obrigar caminhoneiros que estão passando a estagnar nos postos. Muitos, no entanto, param no acostamento, e liberam veículos leves, ônibus e caminhões com cargas perecíveis. Nas estradas estaduais, segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar, em 17 trechos, os bloqueios não tinham previsão de encerramento até o fechamento desta edição. Entre os municípios atingidos pelo protesto, estão Passo Fundo (RSC- 153), Veranópolis (RSC-470) e Caxias do Sul (ERS-122), onde ocorre liberação a cada cinco minutos. A falta de matéria-prima, que deixa de ser transportada, atinge diferentes setores da indústria gaúcha e ameaça o abastecimento de alguns produtos no Estado. Em alguns postos de combustíveis na região Sul, em Pelotas e cidades ao redor, e na zona das Missões, já falta gasolina, especialmente a comum, a mais consumida. Segundo o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Rio Grande do Sul (Sulpetro), Adão Oliveira, a falta de gasolina ainda é isolada, mas pode se agravar, se o protesto perdurar por mais um dia. "Com o movimento de que faltará combustível, muitos consumidores já enchem o tanque para se precaver. O álcool é uma boa alternativa", considera Oliveira. Nos supermercados, ainda não há sinais de desabastecimento, segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Em nota, a entidade afirmou que monitora a situação junto à indústria e que, se os bloqueios das rodovias continuarem, consumidores sentirão os efeitos ainda a partir de amanhã. Os produtos que mais correm risco de faltar são frutas, verduras e carnes. "A alta do diesel veio em hora errada, não apenas pelo encarecimento do frete, mas também pelo desincentivo à produção própria de energia com geradores, em meio a uma grande crise energética", afirma o presidente da Agas, Antônio Longo.
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