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26/02/2015

Agroindústrias gaúchas já projetam desabastecimento

Setores de suínos, aves e leite estiveram reunidos com o governador e alertaram sobre a falta de alimentos com a paralisação dos caminhões

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 Representantes dos setores de suínos, aves e leite estiveram reunidos com o governador José Ivo Sartori e com o secretário de Agricultura, Ernani Polo, na manhã de ontem, para realizar um diagnóstico dos impactos da paralisação dos caminheiros. Na ocasião, alertaram sobre a possibilidade de desabastecimento em pontos de venda ainda nos próximos dias. Nas propriedades rurais, falta ração para os animais, que tampouco estão chegando à indústria para abate e processamento.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat-RS), Alexandre Guerra, mais de 5 milhões de litros de leite deixaram de ser recolhidos nas propriedades rurais até a tarde de ontem. A região Noroeste é a mais afetada. Com isso, há indústrias operando com 80% de ociosidade, uma vez que a distribuição nos pontos de venda também está prejudicada. Se a situação persistir, Guerra acredita que algumas marcas devem sumir das prateleiras em dois dias. "Abastecemos os supermercados semanalmente. Por isso, os estoques estão esgotando. A variedade pasteurizada, que tem distribuição diária, já deve estar faltando", alerta.

O presidente da Associação dos Criadores de Suínos (Acsurs), Valdecir Folador, afirma que o estoque de ração deve terminar em, no máximo, dois dias. Nesse caso também, a região Noroeste - principalmente, as cidades de Frederico Westphalen, Três Passos e Santa Rosa - tem a situação mais crítica. A área concentra cerca de 3 mil produtores, pouco mais de 40% do total do Estado. "A maioria não tem fábrica de ração, pois recebe das integradoras e cooperativas. Mas, além da falta de alimento, os criadores não estão conseguindo retirar os leitões para destiná-los as unidades de recrio e terminação", lamenta Folador.

O Rio Grande do Sul abate 29 mil suínos por dia, mas diversas plantas estão paralisando ou diminuindo o ritmo de trabalho. Segundo o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips-RS), Rogério Kerber, o setor já deixou de atender ao mercado interno e às exportações, pois sete frigoríficos estavam completamente inativos ainda ontem e, hoje, pelo menos mais quatro devem parar. Entre elas, a cooperativa Aurora, que possui três plantas no Estado - duas de suínos e uma de aves."As fábricas não estão conseguindo se suprir de insumos. Se não encontrarmos uma solução até o fim do dia (quarta-feira), a partir de amanhã (quinta-feira) pode haver desabastecimento em pontos de venda", destaca. Kerber teme problemas sanitários por falta de refrigeração nos caminhões paralisados e por escassez de alimentos no campo.

As condições são as mesmas para a cadeia de produção de aves. Para o diretor executivo da Associação Gaúcha de Avicultura, José Eduardo dos Santos, o prazo máximo até o desabastecimento de ração para os animais é hoje. Os supermercados também devem ficar sem produtos em breve caso a situação persista. "O que os produtores têm em estoque está terminando, enquanto os vivos não estão indo para abate", afirma. As indústrias de Marau, Serafina Corrêa, Passo Fundo, Erechim e região da Serra estão reduzindo turnos pela metade, diz Santos.

O funcionamento da Central de Abastecimento do Estado (Ceasa-RS), em Porto Alegre, por outro lado, é considerada normal pelo gerente técnico, Amauri Pereira. Segundo Pereira, não houve redução significativa na oferta nem na procura por alimentos até o momento. Isso porque praticamente 70% dos produtos comercializados no local são oriundos de regiões estaduais pouco afetadas pelas paralisações, como a Serra, o Litoral Norte e a grande Porto Alegre. "A situação fica mais rígida se a greve se prolongar até a próxima semana. O que pode trancar é o que vem de fora do Estado, que são frutas como mamão, melão e manga", explica.

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